Impeachment não é golpe, o golpe está na forma como querem usá-lo

O golpistas estão usando o mote dos antigolpistas de que “não vai ter golpe” para vender a ideia de que o impeachment de Dilma não seria “golpe” porque querem derrubá-la por meio de um instrumento legal. Nada mais falso. O golpe não está em usar o instituto do impeachment, mas na forma como estão querendo usá-lo – sem que Dilma tenha cometido crime como, por exemplo, ocorreu com Fernando Collor.

Rodrigo Janot e Joaquim Barbosa dizem que não vai ter golpe

Foi com surpresa que entusiastas e adversários da derrubada de Dilma receberam a recusa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a investigar as contas de campanha da presidente a pedido de Gilmar Mendes. Porém, mais surpreendente é que o carrasco-mor do PT, Joaquim Barbosa, acaba de declarar que não vai – e não deve – ter golpe nem no TCU nem no TSE. E que querer derrubar Dilma seria “Um abalo sísmico nas instituições”. Confira os efeitos práticos da decisão do procurador-geral da República, segundo juristas e constitucionalistas consultados pelo Blog.

Fiscalismo do TCU: querem derrubar Dilma pelo que ocorre desde FHC

Sabe o que é que o TCU está fazendo, leitor? Se não fosse o casuísmo de condenar no governo Dilma o que vem sendo admitido em todos os governos pós adoção da Lei de Responsabilidade fiscal, poder-se-ia dizer que aquela Corte adota “fiscalismo”, termo que o dicionário Houaiss bem define como “Busca do equilíbrio fiscal em detrimento dos aspectos sociais e políticos da tributação”. Trocando em miúdos: é golpismo.