Marcos Archer e “O Expresso da Meia Noite”

Guardadas as diferenças, parte da história do carioca Marcos Archer, executado a tiros no último sábado na Indonésia, lembra a do protagonista do drama “O Expresso da Meia Noite”, de 1978, estrelado por Brad Davis, no papel de Billy Hayes, estudante norte-americano que, após visita à Turquia, decide levar pacotes de haxixe presos sob a roupa com fita adesiva. À época da estreia nos cinemas, no final dos anos 1970, muito se discutiu sobre se o que fez o estudante-playboy norte-americano Hayes permitia que fosse retratado como mocinho, como fez o diretor Alan Parker. Afinal, o jovem estava traficando drogas. Estranhamente, agora está acontecendo a mesma coisa.

Execução de brasileiro na Indonésia por tráfico é barbárie

A recente execução a tiros do brasileiro Marco Archer na Indonésia por tráfico de drogas gerou discussões acaloradas no país. Primeiro porque deram um jeito de criticar Dilma Rousseff pelo caso – alguns criticam porque ela tentou comutar a pena do condenado, outros porque não teria tentado o bastante. Mas o que realmente surpreendeu foi o apoio de muitos brasileiros à execução do “traficante”. A matéria busca mostrar que a execução de Archer faz parte de uma visão da vida que daqui a cem anos, se tanto, será considerada barbárie