PM-AL invade escola e agride estudantes em sala de aula

Reportagem

Em 1968, a ditadura acabara de baixar o Ato Institucional número 5, que endureceu o regime. Diante do arbítrio, o vice-presidente da República, Pedro Aleixo, proferiu uma frase histórica sobre os efeitos do arbítrio vindo de cima.

Ao proferir seu voto contrário ao AI-5, Pedro Aleixo explicou com a elegância possível na hora que a partir daquele instante a vida política iria se transformar num vale-tudo de atos violentos, sem qualquer amparo constitucional:

“Não tenho nenhum receio em relação ao presidente. Tenho medo do guarda da esquina”, disse Aleixo.

A escalada autoritária no país produz efeitos. Em Maceió, Alagoas, um dito “batalhão da polícia escolar”, sob pretexto de buscar drogas em uma escola Estadual, invadiu o estabelecimento e um dos soldados, sentindo-se “desacatado” por um estudante em sala de aula, em vez de lhe dar voz de prisão ou uma reprimenda, passou a esganá-lo com as mãos nuas.

A União da Juventude Comunista e o Partido Comunista Brasileiro em Alagoas emitiram nota repudiando a ação da Polícia Militar, no último dia 24 de maio, na Escola Estadual Campos Teixeira, localizada no bairro da Ponta da Terra, parte baixa de Maceió.

A ação terminou em agressões físicas. Um vídeo mostra um policial agredindo um estudante dentro da sala de aula. Um PM ficou feirdo, teve o braço quebrado e precisou ser socorrido. Diversos estudantes, inluindo menores de idade, foram levados para a Central de Flagrantes.

Em nota, os partidos consideraram que a ação da PM foi excessiva, arbitrária e desastrosa.

Segundo a UJC e o PCB os relatos dos estudantes dão conta que houve ameaças durante o percurso nas viaturas, na delegacia e depois da soltura. Além disso, segundo a nota, houve ocultamento de provas por parte da PM, formatando os celulares do alunos, que haviam gravado o momento da ação policial dentro da escola.

Assista a esse desastre causado pela irresponsabilidade dos golpistas  e da mídia que os colocou no poder.