Não comemore vaia a tucanos; quem vaiou prefere Bolsonaro

Análise

fascismo

Pelo menos da boca para fora não caiu a ficha de Geraldo Alckmin e Aécio Neves após serem hostilizados pelos dementes que infestaram a avenida paulista pedindo até enforcamento de negros (vide foto acima).

O presidente do PSDB e o governador de São Paulo foram todos pimpões à gigantesca manifestação paulistana achando que iriam abafar e tiveram que correr de lá sob gritos de “oportunistas” e “ladrões”.

Mas não passaram recibo. Disseram à imprensa que “não notaram” a multidão em torno deles insultando-os; tucano não tem medo de brigar com fatos e de se mostrar cara-de-pau.

Todavia, espera-se que, a esta altura, estejam refletindo. Sobretudo porque até as caras mais visíveis da direita brasileira foram consideradas “esquerdistas” demais pela massa de psicopatas que tomou várias capitais do país.

Enquanto até reacionários como Alckmin e Aécio eram chamados de “comunistas”, “ladrões” e “oportunistas”, os manifestantes que se proclamam “contra a corrupção” carregavam nos ombros Jair Bolsonaro (vide foto no alto da página), deputado pelo PP, partido que ostenta o troféu por ter mais membros envolvidos pelas investigações da operação Lava Jato.

Também na foto que precede este texto o leitor pode conferir uma das cenas mais impressionantes do último domingo, a do manifestante que encenava o enforcamento de um negro, valendo-se de um branco pintado de preto.

Analfabetismo político, estupidez, truculência são apenas algumas das “virtudes” das hordas organizadas e financiadas sabe-se lá por quem para desestabilizar politicamente o país.

O que mais preocupa em tudo isso, pois, é a “eleição” de Bolsonaro como o preferido dessa gente. Trata-se de uma das maiores bestas quadradas do planeta. A estupidez, o anacronismo, o nível de preconceitos e truculência desse sujeito são tão descomunais que ele vêm atraindo atenções de todas as partes do mundo.

Documentaristas norte-americanos, europeus e de várias outras partes do mundo vêm ao Brasil registrar a ideias nazifascistas de Bolsonaro. O último desses documentários foi feito pela atriz canadense Ellen Page, indicada ao Globo de Ouro e ao Oscar de melhor atriz por seu papel como personagem-título do filme Juno.

Confira, abaixo, um breve trecho da entrevista que fez com um dos símbolos internacionais da homofobia, alguém que faz a cabeça dessa elite (segundo o Datafolha) que saiu às ruas do país no último domingo para pedir desde a volta da ditadura até o enforcamento de pessoas da etnia que, segundo o IBGE, é a da maioria dos brasileiros.

 

Sim, é essa abominação que faz a cabeça da horda que, segundo o Datafolha, na proporção de 77% tem curso superior e cuja metade tem renda média de 20 salários mínimos (quase 20 mil reais).

A má notícia, porém, não é essa. Esse homem e suas ideias nazistas estão se tornando cada dia mais populares. Apesar do avanço dessa direita, porém, setores da esquerda continuam achando que podem ganhar com a destruição do PT.

Essa esquerda está semeando, de novo, a ruína do país. Se não parar de fazer birra e se juntar à resistência contra as hordas fascistas, essa aberração chamada Jair Bolsonaro acabará governando o Brasil.

Quanto ao PSDB, será que já começa a lhe cair a ficha? Será que os dois incendiários apupados pelos fascistas irão refletir sobre o que estão semeando? Duvido. A sede de poder os torna irracionais.