Quem faria pesquisa qualitativa sobre impeachment de Dilma?

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Todos sabem o que é uma pesquisa quantitativa (ou quanti) sobre política. São as pesquisas que mostram percentuais de apoio ou rejeição da sociedade a governos ou preferências em disputas eleitorais. Pouco se sabe, porém, sobre pesquisas qualitativas (ou qualis), utilizadas para montar estratégias comerciais ou políticas.

A grande diferença entre pesquisa quantitativa e qualitativa é que esta não aponta percentuais de apoio ou rejeição. Apenas busca desvendar reações e opiniões mais aprofundadas de um – ou mais de um – grupo social. A metodologia das “qualis”, portanto, difere diametralmente da das “quantis”.

Pesquisas qualitativas reúnem um grupo de pessoas com sexo, renda, escolaridade e faixa etária similares em um ambiente controlado por um pesquisador, que conduz uma discussão sobre determinado assunto.

Críticas, elogios, sugestões e linguagem corporal dos participantes, tudo é registrado em relatório. Os participantes desse tipo de pesquisa são espionados através de um espelho de dupla face, de modo que o contratante e os especialistas possam assistir sem melindrá-los.

As “qualis” costumam ser usadas em processos eleitorais, em geral nas campanhas de candidatos a cargos no Poder Executivo, como de prefeito, governador e presidente. Servem para guiar marqueteiros em eleições em que qualquer erro na propaganda eleitoral televisiva ou radiofônica pode ser fatal.

O mais comum é que os programas eleitorais e inserções publicitárias curtas sejam submetidos às “qualis” para testar previamente a reação que o público pode ter diante de um ataque ao adversário, a uma defesa do candidato contratante da pesquisa ou a propostas envolvidas em polêmica.

Não é comum, porém, o uso de pesquisas qualitativas fora de períodos eleitorais. Mais incomum ainda é que essas pesquisas sejam levadas a cabo logo após períodos eleitorais. Por exemplo, uma semana após uma renhida eleição presidencial e, pasme-se, sobre o candidato vencedor.

O que poderia ser mais surpreendente do que poucos dias após a reeleição de Dilma Rousseff, alguém encomendar uma “quali” sobre um eventual pedido de “impeachment” dela?

O que você diria sobre um grupo político que encomenda uma pesquisa dessas?

O que esse grupo pretenderia?

Vale esclarecer que um pedido de impeachment não depende da aceitação da sociedade, já que, havendo provas de algum crime de responsabilidade de um governante, o que importaria seria o processo legal e não como tal processo seria encarado pela maioria.

Só uma farsa justificaria um grupo político sondar a reação da sociedade a um pedido de impeachment de Dilma. Nessa hipótese, ficaria claro que esse grupo pretenderia apostar em “clamor da sociedade”, na falta de provas.

Em tradução livre, portanto, promover uma “quali” sobre um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma tratar-se-ia de golpismo, certo?

Desde a semana passada, este Blog vem recebendo relatos de que estariam sendo promovidas pesquisas qualitativas sobre um eventual pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Alguns nomes de contratantes e contratados foram citados, mas, até aqui, nenhuma prova foi apresentada.

Porém, conforme diz uma fonte dessa informação de que esse tipo de pesquisa estaria sendo feito, cedo ou tarde algum entrevistado por “quali” sobre impeachment de Dilma dará com a língua nos dentes, mostrando que a direita midiática prepara um golpe de Estado dissimulado, com vistas a enganar a comunidade internacional.

Este Blog está em busca de informações sobre esse assunto. Se outros blogs ou ativistas digitais quiserem se juntar a essa busca, será excelente. Afinal, a comprovação desse boato desnudaria, de forma cabal, o golpismo adotado sem cerimônia pelo PSDB e pelos veículos de comunicação aliados a esse partido.