O inimigo que me apavora

Crônica

 

Ontem (terça, 23), voltei animado pra casa após a entrevista coletiva com o autor do best-seller A Privataria Tucana, Amaury Ribeiro Jr. Após o evento, ele e os blogueiros que o entrevistaram fomos jantar, rimos muito, tomamos algumas…

Chego em casa e encontro a patroa com o semblante sombrio e intuo: é a Victoria.

Após sete meses sem problemas de saúde, minha filha teve febre alta, precisou ser colocada no oxigênio, o peito encheu-se de secreção e seu sorriso sumiu – pessoas como ela, que não falam, têm no sorriso o indicador de estarem sentindo-se bem.

Foi uma longa noite. Não havia como dormir. Houve que monitorar batimentos cardíacos, oxigenação e febre. Pior: o oxímetro (aparelho que mede batimentos e oxigenação) não funcionava, o que obrigou seus país a permanecerem em vigília.

Este que escreve, lá pelas quatro da manhã não resistiu e adormeceu. A mãe de Victoria, porém, ficou firme. Até o momento que escrevo, não pregou os olhos – como disse no Facebook, mãe é mãe.

Tinha meu post desta quarta-feira escrito na cabeça, mas não vai dar pra colocá-lo em texto hoje. Apesar de a febre de Victoria ter baixado e a oxigenação ter melhorado, só após 24 horas sem maiores problemas é que a necessidade de interna-la estará minimizada.

Hoje, o dia será de minha filha. Não fui para o escritório. Apesar de estar em vigília e sem trabalhar aqui em casa, a cabeça não funcionará suficientemente bem para compor textos complexos.

Não tenho medo dos que se opõem ao que faço. Hoje em dia, não tenho medo de quase nada. O único inimigo que me apavora é a saúde de minha Victoria. Quando ela fica assim, começo a ver fantasmas – fico a pensar no futuro.

Espero que ao fim do dia ou amanhã (quinta-feira) esteja tudo normal de novo e eu possa voltar a fazer ao que julgo que precisa ser feito e que não me furto a fazer neste espaço, desde que minha amada Victoria esteja bem.

Até daqui a pouco, caros amigos e adversários.