Um grande ano chega ao fim

Crônica

Tanto do ponto de vista pessoal do autor deste blog como do ponto de vista do interesse público, 2010 trouxe alegrias que não costumam cair tão facilmente em nossos colos. Aceite, portanto, leitor, o depoimento convicto do blogueiro sobre o que este ano representou para si e, claro, sobre o que representou de bom para todos nós.

2010 ficará guardado para sempre em nossos corações como um dos melhores anos que este país já teve, a despeito de tudo de ruim que acontece todos os anos. O que mudou, portanto, foi o que não costuma acontecer de bom. Começo pelo aspecto pessoal, com a licença de quem lê.

A maior alegria me veio através da recuperação da saúde de minha filha Victoria, de 12 anos, portadora de severa paralisia cerebral, que a manteve internada por nove dos últimos 14 meses. De meados de setembro para cá, ela renasceu. Engordou dez quilos e está a coisa mais linda que este pai consegue enxergar.

Outra filha, que estuda do outro lado do mundo – em Sydney, na Austrália –, alçou vôo pela vida, tornou-se uma mulher decidida, corajosa, que engendrou  projeto de ir a um país tão distante se formar em inglês, conseguiu em 2 anos e , agora, aos 24 anos parte para concluir seu curso universitário em um país de primeiro mundo.

Como se não bastasse, pude agradecer pessoalmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela obra que realizou neste país e lhe dar um abraço que guardava para si desde 1989, quando nele votei pela primeira vez por estar certo de que iniciava uma luta que transformaria este país no dia em que chegasse ao poder.

Para os Brasileiros em geral, 2010 representou muito mais, com a redução da pobreza e da miséria, com distribuição de renda, com empregos para quem quiser trabalhar, com o feito de termos conseguido trazer para este país os dois eventos esportivos mais importantes da atualidade – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Em 2010, em termos econômicos, não só o Brasil recuperou o que perdeu em 2009 – e que foi bem menos do que perdeu a grande maioria dos países em nosso estágio de desenvolvimento e até dos que estão em estágio mais avançado – como experimentará o maior crescimento econômico dos últimos 30 anos, no mínimo.

Ainda, para completar, conseguimos barrar a ameaça que representava uma possível eleição de José Serra , um despachante menor não só da elite conservadora e neurótica que tantos danos causou a este país como da cobiça das grandes potências diante do aumento incessante da riqueza brasileira.

Não foi pouco o que este ano nos trouxe de bom. O que houve de ruim – e houve muita coisa – não impede que comemoremos. Até porque, muito do que persiste de ruim, a partir de 2010 poderá melhorar. Sobretudo porque este país votou direito, além de estar tendo cada vez mais sorte. Que 2011 nos seja igual, pois.