A última razão para você não votar em José Serra

Opinião do blog


Se eu não tivesse nenhuma outra razão para não votar em José Serra, a indicação do tal Índio da Costa para vice-presidente em sua chapa já me bastaria. Mas como tenho várias outras razões para não votar nele, a questão do vice é apenas a última, por enquanto.

Já as razões contra o vice do candidato tucano são, basicamente, três.

A primeira, é a de que ele é um legítimo “poste” – e não apenas do ponto de vista eleitoral, mas, também, administrativo; a segunda, é a de que ele está envolvido em um caso de corrupção muito estranho, para dizer o mínimo; e, a terceira, diz respeito ao fato de que os vices de qualquer cargo no Poder Executivo são tão importantes quanto o cabeça de chapa.

Suponho que a imagem que encima este texto explica perfeitamente por que considero o vice tão importante. Vários vices viraram presidentes: Jango sucedeu Jânio, Sarney sucedeu Tancredo e Itamar sucedeu Collor. Três dos quatro presidentes civis da segunda metade do século XX cederam lugar aos vices.

É espantosa irresponsabilidade da escolha desse rapaz, o Índio, para candidato a vice-presidente. Serra age como se o cargo de vice fosse meramente decorativo, o que não é de forma alguma. Nem é preciso enumerar todas as possibilidades que podem impedir o cabeça de chapa de exercer o cargo para o qual foi eleito.

A escolha desse candidato a vice-presidente foi, obviamente, feita e cima do joelho. Serra parece ostentar uma crença irracional em que Índio servirá apenas como enfeite. Aliás, a escolha de um “poste” como vice foi feita, nas palavras do tucano, para não lhe gerar “aporrinhação”.

Eis, aí, a mediocridade desse homem. Serra, a cada dia, parece mais autoritário e irracional. A bajulação da mídia terminou por convencê-lo não apenas de que é tão genial quanto dizem Globos, Folhas, Vejas e Estadões, mas de que é imortal, indestrutível e inimputável.

A candidatura José Serra vai se convertendo, cada vez mais, em uma grave ameaça ao país devido à possibilidade – cadente, mas real – de ele se eleger presidente da República. O Brasil não merece uma ameaça dessa monta depois de um governo como o de Lula.